TECIDOS DO FUTURO

Com a constante mudança de comportamento do público e o início da escassez de recursos, a indústria da moda busca alternativas sustentáveis para minimizar impactos ambientais. Em 2026, um ano crucial para a adoção de práticas não extrativistas, a indústria começa a desenvolver seus próprios insumos, dando início à tendência REGENERAÇÕES.

Por: Rafaela Simões > https://www.instagram.com/raffasimoess/

01/04/2025

De acordo com a ONU, a indústria têxtil é responsável por 8% de todas as emissões globais de gás carbônico, tornando-se o segundo setor mais poluente do mundo, atrás apenas da indústria petrolífera. Isso ocorre porque a produção têxtil ainda depende de recursos naturais para fabricar seus materiais.

Um exemplo preocupante é que essa indústria polui cerca de 20% da água potável mundial devido aos resíduos tóxicos usados no tingimento de tecidos e ao excesso de lixo têxtil descartado sem reciclagem. Apenas 1% de todo vestuário é reciclado e transformado em novas peças. Essa realidade nos alerta para a necessidade urgente de mudanças na forma como utilizamos os recursos do planeta.

A Revolução Bioindustrial na Moda

A ‘Revolução Bioindustrial’ no setor da moda introduz tecidos de alta performance que reduzem os danos ambientais e preservam nossos recursos naturais. Algumas inovações já disponíveis incluem tecidos de celulose à base de bactérias, fibras de bananeira, couro feito de coco e tecidos desenvolvidos a partir de óleo de microalgas. No entanto, o setor têxtil brasileiro ainda enfrenta desafios para adotar essas soluções em larga escala.

No Brasil, essas tecnologias demoram mais para chegar devido a questões políticas e sociais. Mesmo assim, a GRIFFE CO busca oferecer materiais inovadores e um biodesign alinhado às necessidades da bioindústria. Conheça agora alguns dos tecidos do futuro já disponíveis em nosso mix.

Modelo: Comfy, Tecido: Cupro Like

Nosso objetivo é desenvolver produtos mais duráveis, evitando o descarte precoce. O modelo COMFY, da linha Action, é composto por filamentos de poliéster no urdume e poliamida na trama, proporcionando leveza e um toque emborrachado.

Assim como a natureza, o corpo humano precisa de cuidados. Acreditamos que o bem-estar é essencial em uma geração focada em regeneração.

Modelo: Aeri, Tecido: Artigo 1781

A reciclagem de recursos é a técnica mais utilizada na indústria sustentável brasileira. Transformar resíduos em novos materiais é a melhor alternativa no atual cenário da bioindústria nacional. Nosso boné AERI é confeccionado com tecido 100% reciclado, incluindo garrafas PET, sobras de tecidos e outros insumos têxteis.

Segundo a WGSN (2024), leis em tramitação na Europa exigirão que novas peças de vestuário contenham uma porcentagem mínima de material reciclado. A circularidade será fundamental para o futuro da moda, enfatizando a reciclagem, reutilização e reparo de itens têxteis, especialmente no setor esportivo. (Fonte: WGSN. Reciclagem têxtil: conceito, inovação e como implementar. 2024. Disponível em: [www.wgsn.com]).

A equipe de pesquisa e desenvolvimento da GRIFFE CO continua trabalhando para expandir nosso mix de produtos com materiais inovadores e aprimorar nosso biodesign. O futuro da moda sustentável já começou, e nós estamos prontos para fazer parte dessa transformação!

Referências:

https://news.un.org/pt/story/2022/10/180406.

https://www.europarl.europa.eu/topics/pt/article/20201208STO93327/o-impacto-da-producao-e-dos-residuos-texteis-no-ambiente

https://site.veracruz.edu.br/portaldovera/?p=502

https://www.wgsn.com/fashion/article/651e87639d6bfcb1e460bd46?lang=pt#page15

https://www.wgsn.com/fashion/article/666d3985afa0a5989f999d19

https://www.wgsn.com/fashion/article/65a271bbfe06e6ee70894bec

https://www.wgsn.com/fashion/article/6512b2ae9d6bfcb1e43b3475

https://www.wgsn.com/fashion/article/65a67040fe06e6ee70a23cfb